Ainda me lembro da última vez que te abracei: depositei naquele abraço toda a minha força, toda a minha saudade de ainda te ter por perto. E a tua cabeça nas minhas mãos era uma ervilha com cabelos fraseados de meias palavras que eu ia acariciando com os meus lábios rugosos.
Não me custa falar disto; o que custa é lembrar. E lembro quando falo para dentro e faz eco; a minha voz grossa não deixa de lado os teus olhos que quando me olhavam pareciam a máquina fotográfica que me ofereceram e que perdi. Fotografavam todas as demais pequenas imagens e falavam-me delas sem me cuspir. Hoje julgo que continuas a fazê-lo; acontece que hoje, sou adversa para ti. E tu já não és só um: já és mil na minha cabeça e metade de um só na minha alma (se é que a tenho de verdade).
Não me custa falar disto; o que custa é lembrar. E lembro quando falo para dentro e faz eco; a minha voz grossa não deixa de lado os teus olhos que quando me olhavam pareciam a máquina fotográfica que me ofereceram e que perdi. Fotografavam todas as demais pequenas imagens e falavam-me delas sem me cuspir. Hoje julgo que continuas a fazê-lo; acontece que hoje, sou adversa para ti. E tu já não és só um: já és mil na minha cabeça e metade de um só na minha alma (se é que a tenho de verdade).
Um dia, ofereces-me uma máquina fotográfica a cores?
8 comentários:
És especial e única.
Tal como a tua escrita.
És tudo menos vulgar.
E não ser vulgar é maravilhoso.
A nossa chuva. Oiço-a sempre.
tempo eu? nem por isso, gostava de ter mais :,(
adorei o teu texto, diz-me bastante.
[]
Determinação e coragem acima de tudo. Levo também alguns que estiveram sempre comigo, os verdadeiros apenas.
Elo.
Abraça-me a mim também, com essa força.
Os teus textos são músicas para os meus olhos, cê.
[]
Trazem-me recordações de que, em tempos, ainda nos quisemos com alegria.
as tuas palavraqs entram-me no coração, e eu gosto de as deixar por lá.
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