Gostava tanto de sair para fora de mim;
Ir pelos ares, só para sentir o que sentem os pássaros que morrem a voar. E depois cair. E depois sentir... porque a verdade é que cada dia que passa já não sinto nada: parece que o meu corpo se separa, assim como um ovo que se quebra, casca esmigalhada para um lado, clara e gema em cérebro amolecido para o outro.
Fico a contemplar aquela magrizela de olhos queimados pelos quimicos, sem dentes, agachada no chão ao lado de vómitos e trapos velhos, a puxar as veias para ver se ainda distingo alguma no meio das feridas.
Ir pelos ares, só para sentir o que sentem os pássaros que morrem a voar. E depois cair. E depois sentir... porque a verdade é que cada dia que passa já não sinto nada: parece que o meu corpo se separa, assim como um ovo que se quebra, casca esmigalhada para um lado, clara e gema em cérebro amolecido para o outro.
Fico a contemplar aquela magrizela de olhos queimados pelos quimicos, sem dentes, agachada no chão ao lado de vómitos e trapos velhos, a puxar as veias para ver se ainda distingo alguma no meio das feridas.
Metes nojo! - dizes tu, a meia voz.
E eu faço das tuas, as minhas surdas palavras.
E eu faço das tuas, as minhas surdas palavras.
5 comentários:
parecem estar bonitas as palavras por aqui :)
Quanto ao link, existem por lá mais vídeos (e não apenas os teasers! dá uma espreitadela!)
um dia vais ser um pássaro azul.
o meu. (l)
és linda.digo eu.
bjo
Sentir, nem que por milésimas de segundo de vida ante a morte.
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