O silêncio era o melhor tema de conversa simulado entre nós. Embrulhávamo-nos em trancas e fechaduras e das nossas bocas soltavam-se breves expressões pouco simbólicas.
Nunca te disse que o meu coração é uma espécie de balão ou caixa-de-ar ou nada em tons de púrpura e oco. Falseavas não ouvir, obstruindo os ouvidos com papelão. Aqui dentro, as coisas não aguentavam mais que sumárias décimas de segundo: entravam e saíam como se de sinapses briosas se tratassem. Pareciam uma dança: bonita por sinal. Parecia que fugiam do meu prezado mostrengo: pobre coitado do mostrengo. Eu que o guardo com tanta estima, eles que fogem dele a sete pés. É feio o raio do bicho? Sim, é provável.
Nunca te disse que o meu coração é uma espécie de balão ou caixa-de-ar ou nada em tons de púrpura e oco. Falseavas não ouvir, obstruindo os ouvidos com papelão. Aqui dentro, as coisas não aguentavam mais que sumárias décimas de segundo: entravam e saíam como se de sinapses briosas se tratassem. Pareciam uma dança: bonita por sinal. Parecia que fugiam do meu prezado mostrengo: pobre coitado do mostrengo. Eu que o guardo com tanta estima, eles que fogem dele a sete pés. É feio o raio do bicho? Sim, é provável.
7 comentários:
«O silêncio era o melhor tema de conversa simulado entre nós».
Não podias ter começado com melhor frase. Gostei mesmo deste, acho q tem uma escrita muito bem conseguida (:
Um beijinho *
Faz-me lembrar tu, eu e o silêncio, nosso cúmplice.
=')
Eu sou uma fanatica por um silnecio consentido!
um bjo
[]
Sinto-me, também, um bocadinho aí.
Morri.
Adoro a forma como escreves!
Parabéns! (:
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