Eu dizia sucessivamente que tinha medo dos monstros que multiplicavam por mil debaixo da minha cama. Foram muitas as vezes que fiquei sem fôlego de tanto gritar e chorar e soluçar: parecia mesmo um disco riscado. Tu fazias a tua parte: fazias-me carícias que me agasalhavam e sempre que eu queria ir dormir tu seguravas-me pelos meus esqueléticos mas robustos braços e levavas-me a voar até à cama. Às vezes, julgava-te mesmo um anjo (ou dois, até).
Mas isto era antes. Agora, se quero ir para a cama tenho que usar o meu trampolim velho que já está quase a entrar na reforma. Já adivinho, sem ver, os buracos que ele tem de tanto uso que lhe dei.
Mas isto era antes. Agora, se quero ir para a cama tenho que usar o meu trampolim velho que já está quase a entrar na reforma. Já adivinho, sem ver, os buracos que ele tem de tanto uso que lhe dei.
13 comentários:
Os teus post são sempre uma maravilha (ou duas, até).
:')
Tu é que és três anjos.
Gostei, realmente há medos que nossos pais não podem mais nos salvar e nós temos de encara-los sozinhos.
Passa no meu blog depois.
Muito bonito mesmo. Nunca fui pessoa de muitos medos, apesar de os ter, mas os nossos pais são sempre os nossos anjos. Seja quando éramos pequeninos, seja agora, seja quando tivermos 50 anos.
Os teus textos são, sempre, soberbos.
Adorei. como disseram: textos maravilhosos e soberbos. ;)
beijinho
Eu acho que já nao precisas do trapolim.Deita o fora e verás!
um bjo
Como sempre, optimo *
Bjo e boa semana
acho que é a primeira vez que por aqui passo e já fiquei fã :)
Vou ficar em coimbra...
Apaga o comentário..
Como estás ?
Beijos
Um dia o trampolim velho deixará de ser preciso.
Saudades de ti!
Estas bem?'
bjo e boa semana
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