sábado, 14 de março de 2009

Roleta da sorte.


Jogava muitas vezes na roleta da sorte. Uma vez calhou-me o jackpot: um pedaço da tua camisa de dormir. Cheirava a baunilha, a bebé. Colei-o com fita-cola no meu ouvido e inventei um nome para o teu odor: chamei-lhe de “sexo pudico”. Achei que combinava com o teu tom de pele tostado pelos dias a 40ºC.
Por falar em calor, lembro-me bem das noites que me tornava azul de tornesol e vivia episódios da vida romântica sozinha: convertia todas as minhas características básicas, num ácido muito agridoce. Pena que não me tenhas provado mais vezes e não tenhas trincado uma outra vez o dedo do meu pé (que agora mais me parece uma minhoca gorda e inchada).


É tudo (hoje).

3 comentários:

Maria disse...

E quando o tudo é nada?

Joana M. disse...

pasmo quando escreves isto.
pq eu acho - sinto, até - que tens uma essência tão especial e digna.
um dia escreves-me um livro? :D

Maria disse...

Podes sentar-te, então, mais vezes ao meu lado.

[]