domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dá-me corda.



Hoje sinto-me assim, um buraco do ozono, pelo qual passam gases rarefeitos e nocivos. Ou não sou eu um pacote de lixo enlatado ou um saco de batatas pré-fritas. Um dia destes, pegas em ti e sobes no teu balão mágico até ao céu e eu absolvo-te de todos os teus medos e angústias. Sim, também me podes chamar de aspirador. Mas eu sou um diferente: o meu saco de pó nunca é reciclado. Quando está cheio, está cheio e rebenta que nem um balão de ar.
Hoje, mais que nunca, peço-te que me dês corda. Não puxes mais o lustro às tuas grandes e robustas mãos, na espera que eu faça trinta por uma linha para chegar com os pés às costas e accione o mecanismo de cordas que me faz ter (des)amor e ar e vida e tudo e tudo mais. Eu cá, não funciono a meio gás.

5 comentários:

Pssst disse...

bastante expressivo.

Joana M. disse...

Eu cá, não funciono a meio gás.

Os teus finais são sempre tão.. deliciosos! :o

as velas ardem ate ao fim disse...

Esta tudo dito.

Ou 8 ou 80!

um bjo

Marta Rosa disse...

textos assim até dão gosto ler.

Wilson disse...

Eu cá, não funciono a meio gás.

Nem eu :) (quer dizer, às vezes.)