segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

pé cochinho.


Estiveste a cascar cebolas? - perguntaste com o mesmo desinteresse de sempre. Respondi-te que sim, a mesma desculpa de sempre. As coisas, vistas bem de perto, são diferentes: afinal, aquilo que os meus olhos teimavam em engolir eram bem mais que meia dúzia de chuvas ácidas oriundas de um bolbo chamado cebola. Eram os mil e um cacos que se garroteavam cá dentro e que discutiam firmemente acerca da sua posição: todos queriam protagonismo. Eu, julgo que lho dava todo.
Olhei-te com os olhos em lama doce e pisquei o olho que (acho) que já morria há alguns bons e míudos minutos, afogado. Quis amar-te vezes sem conta e , vezes sem conta consegui arrumar-te numa gaveta de pau. Sim, já sei que sou um mostrengo azul, resultado de um jogo acidental qualquer entre pontos azuis e rosa.
Pois então, agora quem joga sou eu: cortei a perna esquerda e comecei a jogar à macaca muito sózinha. Jogas comigo?

6 comentários:

Marta Dantas disse...

Não se sou , mas os meus bocadinhos de amor são mais ou menos grandes.

Marta Dantas disse...

Não sei se sou*

as velas ardem ate ao fim disse...

Eu jogo!

um bjo

Maria disse...

Não te arrumo. Não me arrumes.

J' disse...

Sempre que tiveres que descascar essas cebolas eu vou estar do teu lado a passar-lhes com água.
Dizem que assim esse bolbo se torna mais fraco e dos teus olhos só sairão chuvas doces, sabias? *

Reneia disse...

Também posso jogar? Deixas-me?

Reneia