De respirar ofegante, sigo mais uma vez o rumo da folhagem de Outono-quase-Inverno que, descompassadamente, teima em tropeçar no meu caminho. Eu, cacos mil, sorrio-lhe em tons de vazio. Ela retribui irónicamente com um sorriso muito mais apetrechado de manias e folheados rebuscados.
Sabes, andar agora aqui já não é o mesmo sem ti; já não tem o mesmo sabor a doce que tinha quando, lado a lado e de mãos emaranhadas, pisávamos as folhas secas do chão. Ouvir toda aquela música que juntos conseguíamos ser sem auxílio de violas ou pianos dava-me gozo e fazia-me sentir mais útil e menos sensabor. E então? Então, fecho o meu olho esquerdo e só depois o direito e concebo a minha alma: Esforço a imaginação, estendo-a até aos teus dedos, mas não consigo mais do que um ligeiro roçagar de asas. São lençóis que agito, bem sei - mas não me concederás a graça de transformar a fímbria do meu lençol na ponta dos teus dedos?
8 comentários:
Diz-me para eu estar calada.
Sabes quem é o pumba?
Melhor mesmo que viver memórias é viver o presente.
Ja nem sei que dizer acerca dos teus textos.
Não mata mas mói.
Eu fico ao teu lado; moemos juntas.
O melhor que viver as imagens criadas pela nossa imaginação é viver as expriencias oferecidas pelo dia-a-dia e sentidas pelo coração
«Ela retribui irónicamente com um sorriso muito mais apetrechado de manias e folheados rebuscados.
(...) Ouvir toda aquela música que juntos conseguíamos ser sem auxílio de violas ou pianos dava-me gozo e fazia-me sentir mais útil e menos sensabor».
Hoje decidi q havia de co/ar. Adoro a tua escrita e rendi-me às expressões q utilizas. Acho q vou continuar a dar uma espreitadela por aqui, se não te importares.
Ah! E, na minha opinião, este texto está muito bem conseguido. Parabéns ;) *
Tenho cara de monstro.
Sou um tampão podre.
Como estás?
Não. Já não.
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