quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Parecia que estávamos em águas de bacalhau há anos a tentar conseguir o que, para nós, seria a selecção natural; a nossa água, o nosso mar estava já tão concentrado em chuvas salgadas que nós já permanecíamos imutáveis: sempre o mesmo sabor que tanto me arde nos golpes que trago nos lábios, sempre o mesmo cheiro a terra molhada. Se eu te desse uma trinca, tu serias dose letal e eu um parasita do teu lugar, da tua alma.
Percebi (finalmente) hoje que a tua saudade é como o queijo e os iogurtes lá do meu frigorifico: têm curto prazo de validade. E eu que a julgava algo de tão pouco inóspito, afinal já passou de validade, ou talvez nunca tenha habitado na tua casa de palha. Porque, na verdade, já faço parte das tuas meias frases.
Um dia, vamos cheirar a céu.
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7 comentários:
Como já alguém dizia, "Nós dizemos sempre adeus sem esperar a futura saudade".
(Espero que ela tenha falado bem de mim :p)
Beijinho Cê!
(Dá gosto ler-te).
O pior é o que vem depois da saudade.
É. Vamos cheirar o céu, C. []
O seu reconhecimento é doloroso, eu que o diga, mas é bem melhor do que vivermos na escuridão.
Tenho vontade de te abraçar. (L)
Que lindos textos os teus :)
Um dia tudo será menos leve e menos intenso e tudo cheirará a céu e a vida, e nao a historias com curtos prazos de validade.
Beijinho
De repente deu me vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade...
de amizade... sei lá...
Pois então:
Espero que aceites o meu abraço no Velas!
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