Eu até podia ser a tua Cinderela se o sapato sem sola e rasgado que tens para me enfiar no bolso me servisse.
Embrulhaste-o com papel de cetim rosa-choque e apetrechaste-o com um laçarote verde alface. Bateste à janela do meu quarto todo catita, vestido de smoking: uma fatiota que casava o laranja fluorescente do teu blazer com o azul-turquesa das tua calças coladas às tuas finas e longas pernas. Achas-te que um laçarote amarelo luzerna te dava um toque mais pomposo e harmonioso: eu achei que te dava um tom muito pouco ou nada caneta-sem-tinta.
Tocaste à campainha; aquele dlim-dlão agudo deixou-me de tal forma hipnotizada que fui abrir a porta tal como sempre fiz (calculo que tu que lês faças exactamente o mesmo que eu: abrir a porta quando a campainha canta para ti desafinadamente). Assim como abri a porta, fechei-a. E tu, ficaste ali, não por muito tempo, mas ficaste. E depois? Não tenho a certeza, mas julgo que tu morreste e julgo também que me levas-te.
Embrulhaste-o com papel de cetim rosa-choque e apetrechaste-o com um laçarote verde alface. Bateste à janela do meu quarto todo catita, vestido de smoking: uma fatiota que casava o laranja fluorescente do teu blazer com o azul-turquesa das tua calças coladas às tuas finas e longas pernas. Achas-te que um laçarote amarelo luzerna te dava um toque mais pomposo e harmonioso: eu achei que te dava um tom muito pouco ou nada caneta-sem-tinta.
Tocaste à campainha; aquele dlim-dlão agudo deixou-me de tal forma hipnotizada que fui abrir a porta tal como sempre fiz (calculo que tu que lês faças exactamente o mesmo que eu: abrir a porta quando a campainha canta para ti desafinadamente). Assim como abri a porta, fechei-a. E tu, ficaste ali, não por muito tempo, mas ficaste. E depois? Não tenho a certeza, mas julgo que tu morreste e julgo também que me levas-te.
(ainda) Há amores bonitos.
8 comentários:
Bateste à janela do meu quarto todo catita, vestido de smoking: uma fatiota que casava o laranja fluorescente do teu blazer com o azul-turquesa das tua calças coladas às tuas finas e longas pernas. Achas-te que um laçarote amarelo luzerna te dava um toque mais pomposo e harmonioso: eu achei que te dava um tom muito pouco ou nada caneta-sem-tinta.
*-* adorei a imagem, as metáforas únicas, tão características da tua escrita harmoniosa e pomposa.
espero sempre mais um texto teu, porque sei que me vai maravilhar de novo :')
se bem q esta imagem assustou :p
( Para variar, amei. )
Se calhar também vou fazer uma nova identidade, faz bem libertarmos-nos de nós por pedaços indefinidos e tempo (..)
Para além de ter gostado do texto, para variar um bocado, tenho uma pergunta: onde é que o gajo foi buscar o smoking todo colorido?
É que eu quero um igual xD
E se agora fosses a minha cinderela?
Primeiro: não tens noção do quão eu aprecio a tua criatividade. Não só aqui no teu blog mas também nos comentários q me vais deixando. É tão verdade, isso de o Dum Dum (às vezes) não ser suficiente/ forte...!
Segundo: quanto mais te leio, mais fã fico e mais as palavras me fogem. Esta é já a segunda/terceira vez q leio este texto mas não sei mesmo o q dizer a não ser q está excepcional. É sempre bom ler-te.
Um beijinho! *
Pff depila te!
bjo
Há amores bem bonitos ainda por aí, não sei é bem por onde.
Os nossos pés cabem no mesmo sapato :)
Li os teus últimos dois textos, já não vinha aqui há muito tempo. Devo dizer que escreves mesmo bem usando a imaginação como ingrediente principal para os teus textos.
fica bem :*
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