A Nostalgia da noite deixa mais nítida e sóbria esta minha demente paixão pela solidão: é um constante estar mais só do que sózinho. Aqui sentada, pareço um ponto e vírgula muito tumultuoso e, já agora, dentro de mim entrou a tua voz bizarra e muito agudiçada. Por incrível que pareça, ela entrou e, até agora, ainda consigo ver o seu eco cá dentro. É como se as paredes da minha alma não fossem mais do que meras folhas imortais de um livro sem páginas e toda ela fosse atestada de um vazio de conteúdo que nunca ninguém vai conseguir agarrar com os dedos das mãos. E não é mesmo?
Dou comigo a perseguir a trajectória efectuada pelas tuas palavras que não são mais do que gritos e súplicas; pedes a ajuda que nunca te consigo conceder. Sou comodista e o egoísmo é o meu parceiro.
Peço(-te) desculpa e dou-te o meu abraço. Um dia destes, sei que vais aceitar.
5 comentários:
Outro execelente texto.
Não és comodista nem egoísta. Dás demasiado de ti aos outros, isso sim. Dás tudo o que tens e o que não tens.
O vem de Norte mas eu sigo para o Sul.
Chego. Quero mostrar-te o caminho. O que vamos percorrer juntas.
E parto, com pezinhos de lã.
Escreves de uma forma fenomenal *-*
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